terça-feira, 30 de outubro de 2012

Biopirataria na Amazônia


Por: Jacó Zarella

Estrangeiros ganham dinheiro as custas da nossa biodiversidade

Por: Jacó Zarella
Animais que estão acostumados a viver na natureza, sofrem com a Biopirataria.

Por: Jacó Zarella

Por: Jacó Zarella

Curiosidades


  • O tráfico de animais silvestres movimenta aproximadamente US$ 1,5 bilhões por ano no Brasil;
  • Só 10% dos 38 milhões de animais capturados ilegalmente por ano no Brasil, chegam a ser comercializados, os 90% restantes morrem por más condições de transporte;
  • Uma arara-azul pode chegar a valer US$ 60 mil no mercado internacional;
  • A internet é um dos meios mais utilizados para a venda ilegal de animais silvestres;
  • A pena para os traficantes é de seis meses a um ano de prisão, além de multas de até R$ 5.500 por exemplar apreendido;
  • No mercado mundial de medicamentos 30% dos remédios são de origem vegetal e 10% de origem animal;
  • Estima-se que 25 mil espécies de plantas sejam usadas para a produção de medicamentos;
  • A falta de fiscalização e controle das espécies nativas abre as portas para a biopirataria e dá ao Brasil um prejuízo diário de US$ 16 milhões.

Por: Davi Sardinha

Como evitar a biopirataria

Na era da biotecnologia e da engenharia genética tudo que se precisa para reproduzir uma espécie, são algumas células facilmente levadas e dificilmente detectadas por mecanismos de vigilância e segurança.
Por essa razão, evitar a biopirataria no Brasil é um trabalho bastante difícil, e alguns acreditam que a forma mais eficiente é incentivar pesquisas científicas, através de investimentos em Ciência e Tecnologia, pois para retirar material biológico não há necessidade de grandes aparatos ou de estruturas formais.

Por: Davi Sardinha

Prejuízos da biopirataria


Além do perigo de extinção, que algumas espécies de animais e vegetais enfrentam decorrente do tráfico, a biopirataria pode acarretar outros prejuízos, tais como:
  • Privatização de recursos genéticos (derivados de plantas, animais, microorganismos e seres humanos) anteriormente disponíveis para comunidades tradicionais;
  • Risco de perdas de exportações por força de restrições impostas pelo patenteamento de substâncias originadas no próprio país.
  • Cálculos feitos há três anos pelo Ibama indicavam que o Brasil já tinha um prejuízo diário da ordem de US$ 16 milhões (mais de US$ 5,7 bilhões anuais) por conta da biopirataria internacional, que leva as matérias-primas e produtos brasileiros para o exterior e os patenteia em seus países sedes, impedindo as empresas brasileiras de vendê-los lá fora e de ter de pagar royalties para importá-los em forma de produtos acabados.

Por: Davi Sardinha

Como são transportados os produtos biopirateados


Biopirataria de vegetais: o transporte é bastante simples, podendo esconder sementes, gêmulas ou culturas em bolsos, canetas, frascos de cosméticos, dobras e costuras das roupas, entre outras formas. Além disso, o comércio legalizado de plantas medicinais e a indústria de fitoterápicos disponibilizam livremente fragmentos e extratos vegetais que podem ser adquiridos nos mercados e feiras e levados sem nenhuma restrição.
Tráfico de animais: transportados no interior de caixas, fundos falsos de malas, dentro de tubos PVA, entre outras formas, sendo muito agressivo aos animais que, muitas vezes, chegam a morrer antes mesmo de chegar ao local de destino.

Por: Davi Sardinha

Perfil dos biopiratas

Os biopiratas geralmente se fazem passar por turistas ou por cientistas, todos documentados portando passaporte e em alguns casos, aval governamental, porém com intenções bem definidas, como a exploração e o tráfico de mudas, sementes, insetos, e toda a sorte de interesses em nossa farta biodiversidade, sempre se aproveitando da inocência e da carência social e econômica de nossa gente.Principais pessoas procuradas pelos biopiratas para orientá-los pelo fato de conhecerem os mistérios e riquezas da natureza local:
  • Índios
  • Madeiros
  • Matutos
Por: Davi Sardinha

Conceito

A biopirataria consiste na apropriação indevida de recursos diversos da fauna e flora, levando à monopolização dos conhecimentos das populações tradicionais no que se refere ao uso desses recursos. O termo "biopirataria" foi lançado em 1993 pela ONG RAFI (hoje ETC-Group) para alertar sobre o fato do conhecimento tradicional e dos recursos biológicos estarem sendo apanhados e patenteados por empresas multinacionais e instituições cientificas. Tais comunidades, que geraram estes conhecimentos fazendo uso destes recursos ao longo dos séculos, estão sendo lesadas por não participarem dos lucros produzidos pelas multinacionais.

Por: Davi Sardinha

Onde são vendidos esses animais


§  Feiras livres e feiras de rolo;
§  Depósitos nas residências dos próprios comerciantes;
§  Depósitos desvinculados da residência do comerciante (forma usada para se livrar de um possível flagrante);
§  Sacoleiros;
§  Aviculturas;
§  Pet shops (que muitas vezes servem como fachada);
§  Residências particulares não caracterizadas como depósitos;
§  Perto de locais frequentados por compradores desse tipo;

Por: Davi Sardinha

Alguns marcos históricos na biopirataria do Brasil

  • Biopirataria no Brasil começou logo após o descobrimento do Brasil pelos portugueses, em 1500, quando estes se apropriaram das técnicas de extração do pigmento vermelho do Pau Brasil, dominadas pelos índios, explorando o Pau Brasil, causando o risco de sua extinção;
  • Outro caso de biopirataria, foi o contrabando de 70.000 sementes da árvore de seringueira, Hevea brasiliensis, da região de Santarém no Pará, no ano de 1876.

Por: Davi Sardinha

Espécies brasileiras que foram patenteadas por empresas estrangeiras


Açaí

Ou juçara é o fruto da palmeira Euterpe oleracea da região amazônica que teve seu nome registrado no Japão, em 2003. Por causa de pressão de organizações não-governamentais da Amazônia, o governo japonês cancelou esta patente.

Espinheira Santa


(Maytenus ilicifolia) é nativa de muitas partes da América do Sul e sudeste do Brasil. A empresa japão|japonesa Nippon Mektron detém uma patente de um remédio que se utiliza do extrato da espinheira santa, desde 1996.

Jaborandi

Planta (Pilocarpos pennatifolius) só encontrada no Brasil, o jaborandi tem sua patente registrada pela indústria farmacêutica alemã Merk, em 1991.

Veneno da jararaca

A jararaca (Bothrops jararaca) é uma espécie nativa de cobra da Mata Atlântica.
Por: Davi Sardinha

Espécies brasileiras que foram patenteadas por empresas estrangeiras


Andiroba

A árvore (Carapa guianensis) é de grande porte, comum nas várzeas da Amazônia. O óleo e extrato de seus frutos foram registrados pela empresa frança|francesa Yves Roches, no Japão, França, União Européia e Estados Unidos, em 1999. E pela empresa japonesa Masaru Morita, em 1999.

Copaíba


(Copaifera sp) é uma árvore da região amazônica. Teve sua patente registrada pela empresa francesa Technico-flor, em 1993, e no ano seguinte, 1944 na Organização Mundial de Propriedade Intelectual. A empresa Estados Unidos|norte-americana Aveda tem uma patente de Copaíba, registrada em 1999.

Cupuaçu

Fruto da árvore (Theobroma Grandiflorum), que pertence à mesma família do cacaueiro. Existem várias patentes sobre a extração do óleo da semente do cupuaçu e a produção do chocolate da fruta. Quase todas as patentes registradas pela empresa Asahi Foods, do Japão, entre 2001 e 2002. A empresa inglês|inglesa de cosméticos Body Shop também tem uma patente do cupuaçu, registrada em 1998.
Por: Davi Sardinha

Nossas reservas sofrem...

O Brasil, por possuir uma enorme biodiversidade, é alvo constante da biopirataria. Segundo a organização não governamental Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, aproximadamente, 38 milhões de animais da Amazônia, mata Atlântica, das planícies inundadas do Pantanal e da região semiárida do Nordeste são capturados e vendidos ilegalmente, o que rende cerca de 1 bilhão de dólares por ano.

Por: Daniel Vinicius

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


"E é como se riqueza e beleza do Brasil, fosse levada em caixas!"

Por: Daniel Vinicius
O Cupuaçu é nosso!

O cupuaçu, planta amazônica, é um alimento tradicional da população indígena. Porém, por consequência da biopirataria, essa fruta foi registrada por uma empresa japonesa, que detém os direitos mundiais sobre a fruta e seus derivados. Esse fato prejudica economicamente os produtores brasileiros nas exportações do fruto. 



Por: Daniel Vinicius



"Estes piratas estão roubando conhecimento e nosso patrimônio genético."

Por: Daniel Vinicius

Veja como ocorre o esquema de biopirataria no Brasil:

1 – Coleta: os biopiratas coletam ilegalmente das florestas  mudas de plantas nativas, animais silvestres, microorganismos, fungos, etc.

2 – Disfarces: a mercadoria sai do país por portos e aeroportos, camuflada na bagagem dos piratas, que se disfarçam de turistas, pesquisadores ou religiosos.

3 – Patentes: os produtos da floresta são vendidos para laboratórios ou colecionadores, que patenteiam as substâncias provenientes das plantas e dos animais.

4 – Cifra: calcula-se que a biopirataria retire de nosso país cerca de 1 bilhão de dólares anuais em recursos naturais.

5 – Prejuízo: sem a patente sobre esses recursos, o Brasil, as comunidades indígenas e as populações tradicionais deixam de receber royalties.

Por: Daniel Vinicius

Problemas comuns

Abelha em florVale lembrar que o termo biopirataria se destina ao tráfico de plantas e animais, e neste cenário aparecem algumas curiosidades assustadoras. No mercado mundial de medicamentos, estima-se que 30% dos remédios sejam de origem vegetal, enquanto 10% sejam de origem animal. Acredita-se também que 25 mil espécies de plantas sejam utilizadas para a produção de medicamentos, e a falta de fiscalização das espécies nativas abre as portas para o processo da exportação ilegal, que dá ao Brasil um prejuízo diário estimado em 16 milhões de dólares.
Devemos ficar atentos para esta prática e reportar as autoridades sobre qualquer atividade suspeita. Outra dado interessante é que a internet é, atualmente, uma das formas mais utilizadas para a prática da venda ilegal dos animais silvestres.
Por: Daniel Vinicius

O tráfico de animais

bicho preguiçaSegundo pesquisas da ONU, o tráfico de animais caracteriza a terceira maior atividade ilegal do mundo, depois apenas do tráfico de drogas e armas. Só no Brasil, de todos os animais silvestres comercializados ilegalmente, acredita-se que aproximadamente 30% sejam exportados. O maior fluxo deste comércio se localiza do Nordeste para o Sudeste, principalmente para Rio de Janeiro e São Paulo. Outra parte dos animais contrabandeados vão diretamente para países vizinhos ao Brasil. Destes países, seguem então para países do primeiro mundo, onde são analisados como detentores de recursos que podem ser utilizados pela indústria local.
Por: Daniel Vinicius

A diversidade brasileira e seus problemas

Ilustração sobre biopiratariaO Brasil  está em primeiro lugar no ranking dos países megabiodiversos, e é estimado que o pais tenha a maior diversidade biológica do planeta, com cerca de 150 mil espécies catalogadas e pesquisadas, o que representa 13% de todas as espécies existentes no mundo. A maioria desses recursos está na Amazônia, com mais de duas mil e quinhentas espécies de árvores e liderando ainda o ranking de espécies de peixes de água doce do planeta. Porém, a abundância de vida no Brasil é um ponto considerado vulnerável, uma vez que a grande maioria das espécies ainda não foi reconhecida pelos pesquisadores do país. Isto as torna presas fáceis  para empresas, instituições e laboratórios internacionais que se apropriam deste conhecimento, através de patentes pedidas no mercado exterior.
Por: Daniel Vinicius
Aves em gaiola
O termo biopirataria  foi criado em 1992, com assinatura na Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada pela Organização das Nações Unidas. No tratado, que teve circulação através da Rio-92, ficou estabelecido que todos os países possuem soberania sobre a biodiversidade existente em seus territórios. O termo se popularizou, espalhando-se como um alerta sobre os vários perigos que transpassam o conhecimento das comunidades situadas em regiões com rica diversidade biológica e têm seus recursos apropriados e patenteados de forma indevida por empresas e instituições científicas multinacionais. Tais comunidades são prejudicadas pois não participam dos lucros produzidos por seu conhecimento.

Por: Daniel Vinicius

BIOPIRATARIA - Resumo

O tráfico de plantas e animais é um sério problema para a sociedade, pois causa prejuízos naturais e financeiros irrecuperáveis.


Por: Daniel Vinicius